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Sexta, 29 de Março de 2024

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Notícia de 23/07/2004
Governo leva a Justiça denúncia de espionagem.
O ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) afirmou considerar ilegais esses procedimentos de espionagem, e disse que eles configuram um "flagrante desrespeito constitucional". Gushiken é um dos citados como alvo da investigação em documentos obtidos pela Folha.

A empresa de investigação Kroll foi contratada pela operadora de telefonia Brasil Telecom para apurar questões relativas a um dos sócios da empresa, a Telecom Italia. Mas os documento entregues à Polícia Federal, segundo a reportagem, mostram que também foram investigadas as relações dos italianos com membros do governo. A Brasil Telecom informou que o alvo das investigações era apenas a Telecom Itália.

Segundo a reportagem, Gushiken teria sido envolvido na investigação por ter orientado os cinco fundos de pensão de estatais que são acionistas da Brasil Telecom --Sistel, Telos, Funcef, Petros e Previ-- a romper um acordo de acionista, que permite ao banco Opportunity controlar a companhia telefônica, mesmo sendo ele um sócio minoritário.

Gushiken disse que "considera legítimo que os fundos de pensão das empresas públicas possam lutar para exercer plenamente seus direitos de controle sobre os recursos por eles administrados."

Segundo o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal já apurava o caso dentro do governo desde março.

"A Polícia Federal, no começo do ano, no curso de uma investigação que vinha fazendo, identificou indícios de atividades ilegais de investigação não-autorizadas judicialmente", disse o Thomaz Bastos. "O governo já sabe e está apurando esses fatos desde março."

O ministro disse que não poderia revelar detalhes do que já foi descoberto pela PF, por causa do segredo de Justiça, mas afirmou que várias pessoas já foram ouvidas no caso.

Segundo o ministro da Justiça, as apurações estão sendo conduzidas com muito "cuidado", para que não haja injustiças. Por isso, só irá tomar as providências "cabíveis" após o encerramento do inquérito.

"Está sendo objeto de apuração não só a existência do crime, mas também a autoria do crime", afirmou o ministro.

Mas, segundo ele, se houve escuta ou interceptação telefônica não-autorizada, isso pode ser configurado como delito.

O ministro não quis citar nominalmente nenhuma das empresas envolvidas no caso, como a operadora de telefonia Brasil Telecom, que determinou a investigação, ou a empresa Kroll, responsável por ela.

Ele disse também que o governo não irá influenciar o resultado das apurações da PF, apesar de haver um ministro --Luiz Gushiken (Comunicação de Governo)-- entre as pessoas que foram investigadas pela empresa particular.

"Eu procuro não chegar muito perto das investigações da Polícia Federal, até para que não se diga depois que eu possa estar querendo influir."
Por Bianca Damy às 12h32

 
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